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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

COBOGÓ - Uma palavra de origem pernambucana

Três pernambucanos emprestaram seus nomes para este produto.

Primeiramente, você sabe o que é COBOGÓ? É possível que você já tenha escutado essa palavra de uma forma diferente, como "comongó" ou "combogó".

Cobogó é a denominação dada a elementos vazados, normalmente feitos de cimento, que completam paredes e muros para possibilitar maior ventilação e luminosidade no interior de um imóvel, como esses exemplos das fotos: 


Na verdade, este elemento não foi criado pelos pernambucanos. Os cobogós, de uma maneira ou de outra, estão presentes em toda a história da arquitetura, o que eles fizeram foi industrializar este componente. Mas por conta disso, este elemento vazado carrega a inicial dos sobrenomes de três engenheiros, 
Amadeu Oliveira COimbra, 
Ernest BOekman e 
Antônio de es.


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Dica Rápida de Crase



"De segunda a sexta." ou "De segunda à sexta."?
Qual o correto. Sem o acento grave (crase) ou com ele?

terça-feira, 7 de julho de 2015

A Origem da Palavra "Baitola"

Muito provavelmente, você já ouviu alguém brincar com um amigo o chamando de “BAITOLA”. Essa expressão é usada no Brasil, principalmente no Nordeste, politicamente incorreta com a conotação de “homossexual”. No Dicionário Houaiss, significa "homossexual passivo". Mas você sabe a origem desta palavra, e o motivo de ela ser ligada a este significado?

É bem provável que a origem se deu no Ceará, no início do século XX, uma vez que lá trabalhou um inglês chamado Francis Reginald Hull. Ele era homossexual assumido, e foi nomeado Superintendente da Geral da Brazil North Easterm Railway arrendatária da Rede Ferroviária Cearense e lá ele trabalhou muitas vezes como Fiscal de Obras.

Sabe o que é "bitola"? É a distância entre os dois trilhos de uma ferrovia. 

No idioma inglês, a letra "i" em várias palavras é pronunciada com o som de "ai". E por isso, quando o Mr. Hull ia falar a palavra "bitola", usava a pronúncia inglesa, saindo o "baitola".

Por ele ser arrogante e autoritário, os operários não gostavam dele. E como todo funcionário que não gosta do chefe que se preze, tratavam-no, em segredo, por apelidos. 

Por conta da sua curiosa pronúncia da palavra "bitola", quando ele chegava, os operários diziam entre eles: "Chegou o baitola".

É difícil dizer se essa origem tem um fundo de verdade, uma vez que não pode ser confirmada, devido à ausência de fontes documentais. Mas também algo que circula de boca em boca e constitui a tal “voz do povo” não pode ser sumariamente desmistificada.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

CORRELAÇÃO VERBAL - A Harmonia entre os Modos e Tempos Verbais

A modalidade escrita da linguagem requer muita atenção e diversas habilidades para a efetivação de alguns aspectos imprescindíveis a qualquer discurso: clareza, objetividade e precisão dos enunciados. Entre esse conjunto de aspectos que, uma vez concretizados, corroboram para a textualidade está a chamada correlação verbal.


Dá-se o nome de correlação verbal à coerência que, em uma frase ou sequência de frases, deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais devem, portanto, combinar entre si.

Para ficar um pouco mais claro, observe estes dois exemplos de frases com verbos que não se correlacionam:

Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição.
Se elas voltassem, eu ficarei feliz.

Temos os verbos “dormir” e “voltar” no pretérito imperfeito do subjuntivo. Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade. Mas os verbos “aprender” e “ficar” estão conjugados no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre outras ideias, fatos certos ou prováveis. 

Nesse caso, não podemos dizer que jamais aprenderemos a lição ou ficaremos felizes, pois o ato de aprender e ficar feliz está condicionado não a uma certeza, mas apenas às hipóteses (transmitidas pelo pretérito imperfeito do subjuntivo) de “dormir” e “voltar”. 

Assim, em que tempo os verbos “aprender” e “ficar” devem estar, de maneira a garantir que os períodos tenham lógica?

Passaria a haver a correlação entre os verbos se colocássemos estes verbos no futuro do pretérito, deixando assim as frases:

Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição.
Se elas voltassem, eu ficaria feliz.

Agora, com os verbos sendo usados no futuro do pretérito, um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada (que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão. Os períodos, portanto, ficariam corretos, já que as ideias transmitidas por “dormisse” e “voltassem” são exatamente as de dúvidas, as de possibilidades que não temos certeza se ocorrerão. 

CORRELAÇÕES VERBAIS CORRETAS

A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são concordantes:

presente do indicativo + presente do subjuntivo:
Exijo que você faça o dever.

pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo:
Exigi que ele fizesse o dever.

presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo:
Espero que ele tenha feito o dever.

pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo:
Queria que ele tivesse feito o dever.

futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:
Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.

pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:
Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo:
Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas.

futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:
Quando você fizer o dever, dormirei.

futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo:
Quando você fizer o dever, já terei dormido. 


Gostou? Neste mesmo blog há outras postagens sobre Verbos:
Verbo Reaver - Verbo Defectivo
Verbos Abundantes - Particípios Regulares e Irregulares

terça-feira, 28 de abril de 2015

Expressões que não levam o acento grave (crase).


Gente, essas expressões, apesar de todas serem formadas por palavras femininas, não aceitam o uso do acento grave, aquele que indica que aconteceu a CRASE, fusão de duas letras "a".


a bordoadas
a braçadas
a cabeçadas
a cacetadas
a cerca de
a chibatadas
a chicotadas
a duras penas
a eletricidade
a facadas
a gasolina
a joelhadas
a lenha
a marteladas
a partir de 
a pauladas
a pilha
a ponta de espada
a porretadas
a portas fechadas
a prestações
a punhalada
a pururuca
a quatro mãos
a sete chaves
a toda
a toda força
a toda hora
a vela


Quanto a estas, a seguir, as palavras "altura" e "distância" encontram-se com "indeterminantes". Isso mesmo. As expressões que seguem estas palavras as deixam com valor ou medida imprecisos. Ou seja, quando eu falo que "o móvel deve ficar a certa altura", não há como determinar, apenas pela frase, qual é esta altura. Sendo assim, não ocorre Crase.

a certa altura 
a meia altura 
a boa distância de
a certa distância
a grande distância
a longa distância
a pequena distância
a pouca distância 
a meia distância

Outra coisa muito importante é perceber quando as expressões, que normalmente viria com o acento grave por ser parte de uma locução adverbial, funcionam como substantivo.

Por exemplo:

Eu, às vezes, esqueço tudo o que estudo sobre crase.
Só venderei meu carro à vista.
Avisa lá em casa que só chego à noite.

Nestes casos, há crase, pois as expressões são locuções adverbiais.

Hoje tive que fazer as vezes de professor.
As vezes que fui ao colégio, não consegui pegar minhas notas.
A noite chegou linda.











Nestas outras, no entanto, funcionam como substantivo, e não como adjunto adverbial. Ou seja, segue a regra geral de qualquer outro substantivo feminino. Portanto, só haveria crase se antes houvesse um termo regente que pedisse a proposição "a".

Espero ter, mais uma vez, contribuído com o aprendizado de vocês sobre a nossa língua.
Bons Estudos!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A Ordem dos Termos na Oração faz a Diferença



(1) Golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis), espécie que vive em águas profundas, encontrado no norte de Ilha Comprida, litoral sul de São Paulo. O animal foi removido já morto por biólogos do Projeto Boto-Cinza para análises.

(2) Parte do corpo tão ligada à sedução e à sexualidade, o formato das mamas sempre esteve submisso à ditadura da moda.

No texto escrito, é importante observar a ordem dos termos na frase. Se na linguagem falada a entonação cria a ênfase necessária ao entendimento, na linguagem escrita a situação é diferente. É preciso empregar os recursos de ênfase e clareza próprios da escrita.

No texto (1), uma legenda de foto, a construção “animal foi removido já morto por biólogos” convida à dupla interpretação. Por mais que o leitor deduza que o animal não foi morto pelos biólogos, o texto permite essa leitura, portanto é defeituoso. 

O que produz esse defeito é o fato de a expressão “por biólogos” vir depois de duas formas verbais, podendo estar ligada a qualquer uma delas (“removido por biólogos” ou “morto por biólogos”). A solução para o problema está na mudança de posição ou da expressão “por biólogos” ou de uma das formas verbais.

Se optássemos por aproximar “por biólogos” de “removido”, teríamos o seguinte: 

“animal foi removido por biólogos do Projeto Boto-Cinza já morto para análises”


ou algo parecido:

“animal foi removido para análises por biólogos do Projeto Boto-Cinza já morto”

O problema dessas duas construções é que ambas deixam o complemento mais curto (“já morto”) depois de um elemento muito longo (“removido para análises por biólogos do Projeto Boto-Cinza”), o que não favorece a clareza.


O melhor, portanto, seria antecipar a forma verbal “morto”, e modo que ficasse distante do agente da passiva (“por biólogos”). Assim:

(1) Golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis), espécie que vive em águas profundas, encontrado no norte de Ilha Comprida, litoral sul de São Paulo. Já morto, o animal foi removido por biólogos do Projeto Boto-Cinza para análises.

O outro trecho (2) apresenta um defeito comum: uma expressão de caráter predicativo aparece antes do sujeito ao qual se refere e faz referência não ao núcleo do sujeito, mas ao complemento dele.

Observe que a “parte do corpo tão ligada à sedução e à sexualidade” não é o formato das mamas, mas as mamas propriamente ditas. Assim, “mamas” deveria ser o núcleo do sujeito. Veja abaixo: 



(2) Parte do corpo tão ligada à sedução e à sexualidade, as mamas sempre tiveram seu formato submisso à ditadura da moda.


Por Thaís Nicoleti

sexta-feira, 30 de maio de 2014

REAVER - Exemplo de verbo defectivo



O verbo "reaver" costuma provocar muitas dúvidas quanto à conjugação - e os motivos são vários. Há quem o tome por um derivado do verbo "ver" e tente flexioná-lo de acordo com o (falso) modelo, fazendo surgir a improvável forma "reaviu", mas também há quem o considere um simples verbo regular e tente flexioná-lo segundo o paradigma da segunda conjugação (criando um injustificado "reaveu"), enfim, nenhum desses atalhos leva à verdadeira conjugação desse verbo.

Estamos tratando de um verbo defectivo, ou seja, de um verbo que não tem conjugação completa. No presente do indicativo, tempo em que se manifesta a defectividade, observamos que "reaver" só se conjuga na primeira e na segunda pessoa do plural. Assim: nós reavemos e vós reaveis.

A consequência imediata disso é que esse verbo não terá as formas do presente do subjuntivo, que são derivadas da forma da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Para tornar isso menos abstrato, vamos a um exemplo: o verbo "pedir", no presente do indicativo, aparece na forma "eu peço". No presente do subjuntivo, o "o" final de "peço" converte-se em "a": "que eu peça". É por isso que se diz que o presente do subjuntivo "deriva" do presente do indicativo.

Assim, a defectividade atinge algumas pessoas do presente do indicativo e todo o presente do subjuntivo, bem como quase todo o imperativo. No caso específico do "reaver", um derivado do "haver", basta conjugá-lo nos tempos e pessoas em que o verbo de origem ("haver") apresenta a letra "v".

Assim, no presente do indicativo, temos as formas: eu hei, tu hás, ele há (sem a letra "v"), mas nós havemos (reavemos), vós haveis (reaveis) e eles hão (também sem "v"). O pretérito perfeito de reaver é "reouve" (como "houve"), o imperfeito é "reavia" (como "havia"), o mais-que-perfeito é "reouvera" (como "houvera") e assim por diante.

Os fragmentos de texto apresentam o uso correto do verbo, que, no particípio, faz "reavido" (como "havido") e, no infinitivo seguido de pronome vocálico, assume a forma "reavê".

Muito cuidado, porém, com essa grafia, pois ela não corresponde ao presente do verbo - ela é apenas o infinitivo que perde o "r" final diante dos pronomes "o", "a", "os" e "as". Assim: "É preciso reavê-lo, reavê-la, reavê-los, reavê-las".

No presente do indicativo, exceto na primeira e na segunda do plural (nós e vós), temos de lançar mão de um sinônimo: "Ele recupera", por exemplo.

Os verbos "extorquir", "falir" e "adequar" seguem o mesmo padrão de "reaver".





segunda-feira, 26 de maio de 2014

Você sabe qual a maior palavra da língua portuguesa?

Você já deve ter escutado falar que a maior palavra do nosso idioma era o advérbio "anticonstitucionalissimamente", que tem 29 letras e descreve algo que é feito contra a constituição. Porém, esta é a antiga detentora do título.

Outra gigante é a palavra "oftalmotorrinolaringologista", com 28 letras, que se refere ao especialista nas doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta.

O Dicionário Houaiss é o campeão de palavras na língua portuguesa, mas não traz, por exemplo, palavras da química que têm dezenas de sílabas, usadas para definir compostos.

Uma delas é "tetrabromometacresolsulfonoftaleína", que tem 35 letras e indica um corante usado em reações. "Palavras como essa são muito específicas e só aparecem em glossários de terminologia química", diz o filólogo Mauro Villar, do Instituto Antônio Houaiss.

Atualmente, a grande campeã, desde o seu registro definitivo em 2001, quando apareceu no Houaiss, é:

pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico


Esta palavra é relativa a uma doença pulmonar causada pela inspiração de cinzas vulcânicas.
 


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

As Metáforas e o Tempo



Após sua memorável atuação nos 6 a 1 sobre o Celtic (em 11 de dezembro de 2013), Neymar declarou ao repórter da TV espanhola:

Agora é trocar o chip e colocar o da Liga [dos Campeões].

O pobre repórter não entendeu essa e outras respostas em português “neymariano”, mas com essa bela metáfora o craque expressava que era hora de esquecer o passado, e focar a Champions League.

Não podemos prever o futuro da expressão “trocar o chip” no uso figurado da linguagem, se daqui a 5, 10, 50 ou 300 anos continuará sendo empregada. Algumas metáforas oriundas da tecnologia tornam-se obsoletas como as próprias realidades que as inspiraram: ninguém hoje apelidaria uma Rita de Cássio Coutinho de Rita Cadillac, alcunha, por sua vez, tomada do nome artístico de uma famosa vedete de filmes franceses da década de 60, quando o Cadillac era, para todos, imediata referência de glamour e outros atributos. Por outro lado, continuamos usando metáforas da época da Revolução Industrial, como quando dizemos que a campanha para a reeleição já começou e “a todo vapor”, etc.

Tecnológicas ou não, algumas expressões e frases feitas desaparecem rapidamente, outras duram milênios, como no caso de tantas expressões bíblicas: bode expiatório, dois pesos e duas medidas etc. etc. etc.


Por Jean Lauand

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ditados populares que a gente fala errado.


Existem ditados populares que nós falamos errado (e às vezes nem entende o sentido). Na pressa, as pessoas foram suprimindo as palavras e pronunciando as frases de forma equivocada.


Vejamos alguns exemplos:


1. No popular se diz: Esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro.

O correto é: Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.


2. Batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão.

Enquanto o correto é: Batatinha quando nasce, espalha ramas pelo chão.


3. Cor de burro quando foge.

O correto é: Corro de burro quando foge!

 

4. Outro que no popular todo mundo erra: Quem tem boca vai a Roma.

O correto é: Quem tem boca vaia Roma.
(isso mesmo, do verbo vaiar).


5. Esse menino é o avô escarrado e cuspido (quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa).

O correto é: Esse menino é o avô em carrara esculpido.
(referindo-se ao marmóre carrara - pedra de origem italiana considerada ideal para a confecção de esculturas).


6. Mais um ditado famoso: Quem não tem cão, caça com gato.

O correto é: Quem não tem cão, caça como gato.
(ou seja, sozinho).



domingo, 24 de novembro de 2013

Comentários de Givago Almeida sobre as questões da prova de Português da UPE 2014

Prova nível fácil, com muitas questões ÉOFÉ (“nóis intendi” kkkk).
A UPE não fugiu da forma de estruturar a prova. Os temas tratados nas questões do mesmo jeito que nas provas anteriores. Além disso, questões com 5 assertivas, o que facilita e muitooo. O Fera Conexão não teve dificuldade em fazer esta prova.
 
Clique na Imagem e Veja a prova.
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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Comentários de Givago Almeida sobre as Questões Discursivas do Vestibular UFPE/CTG 2013.2

1ª QUESTÃO.
 
Notebook, deletar, mouse, click, site, download, layout, facebook, formatar, customizar, abajur, garçom, chofer, futebol, gol, show, rock etc.
 
Como você já pode ter observado, convivemos com um grande número de palavras estrangeiras, umas já adaptadas à morfologia do léxico português, outras mais resistentes. Quase sempre, o uso dessas palavras provoca reações distintas: há quem se creia ‘defensor’ da língua e se sinta ameaçado por essa ‘invasão’ de palavras estrangeiras. Outros a consideram um fato normal, decorrente do inevitável contato entre línguas diferentes.
Como você considera esse fato?
 
Elabore um comentário (de, no mínimo, cinco linhas) em que você discorra sobre a questão levantada acima. Apresente argumentos convincentes que fundamentem seu ponto de vista.
 
Esta primeira questão foi bem subjetiva. Não havia uma opinião a ser defendida para ser considerada certa (se é um fato normal, ou se é uma ameaça). A questão deixou a critério do candidato escolher um posicionamento com a pergunta “Como você considera esse fato?”.
 
O que foi avaliada na questão foi a capacidade de produção de texto do candidato. Portanto, deu-se bem o aluno que, respeitando o limite mínimo de cinco linhas, respeitou as normas gramaticais, e que fundamentou defendendo o posicionamento escolhido, sendo coerente, e não fugindo do tema.
 
2ª QUESTÃO.
 
As invenções tecnológicas que apareceram mais recentemente modificaram o modo como as pessoas têm acesso à informação escrita.
 
Dê outra redação a esse enunciado, usando o verbo em destaque na ‘voz passiva’. Faça as devidas modificações morfossintáticas.
 
Já esta segunda questão foi muito objetiva. Não havia a necessidade de elaborar texto nenhum. Era necessário, apenas, passar a oração do verbo “modificar”, que está na voz ativa, para a voz passiva.
 
A outra redação que a questão queria que o candidato usasse é a seguinte:
 
O modo como as pessoas têm acesso à informação escrita foi modificado pelas invenções tecnológicas que apareceram mais recentemente.
 
O aluno deveria atentar para as alterações que ocorrem na mudança da voz ativa para a passiva. Genericamente, o verbo passa a ser uma locução verbal, e o 'Sujeito' da voz ativa passa a ser 'Agente da Passiva' na passiva, enquanto que o 'Objeto Direto' da ativa, passa a ser 'Sujeito Paciente' na passiva. Com isso, em cada caso, pode ser alterada a concordância verbo-nominal. Neste caso específico, o verbo, que estava no plural para concordar com “invenções”, passa a ser uma locução verbal, ficando no singular e no masculino para concordar com “modo”.
 
Por Givago Almeida.

terça-feira, 16 de julho de 2013

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Crase na indicação de horas

Usar ou não a crase sempre evidencia um dos muitos questionamentos feitos pelos usuários da língua portuguesa. Quando eles se veem frente a tantas regras que a esse assunto pertencem, assim como a muitos outros, sentem-se meio atordoados, simplesmente pensando: “Como vou conseguir memorizar tudo isso?”.

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O fato é que, a princípio, pode parecer um tanto quanto complicado, mas nada que um pouco de prática, mediante o exercício da leitura e da escrita, e a resolução de questões sobre o assunto não possa aperfeiçoar. Sendo assim, tal aspecto decorre do que chamamos de memória visual, ou seja, quanto mais estabelecemos familiaridade com um determinado assunto, mais tendemos a internalizá-lo.


Por esse e outros motivos é que esta postagem, na intenção de proporcionar a você algumas dicas, que por sinal são sempre bem-vindas, tem por finalidade discorrer acerca do emprego da crase no que diz respeito à indicação de horas. Vamos a elas, portanto:


Uma das circunstâncias em que a crase se manifesta é antes das locuções femininas, sejam essas prepositivas (à espera de...), conjuntivas (à proporção que, à medida que...) ou adverbiais (às vezes, à noite...). Assim sendo, integrando as adverbiais está a indicação de horas, como podemos constatar por meio dos enunciados subsequentes:


Sairemos às 2h30.


Todos chegaram às 13h.


O que se pode notar é que se trata da indicação exata das horas. Nesse sentido, podemos dizer que o uso da crase é conveniente. Contudo, vale dizer que tal ocorrência nem sempre é manifestada, por isso, vejamos:

No caso de ocorrer o uso de qualquer outra preposição que não seja a preposição “a”, é errado utilizar a crase. Para tanto, de modo a conferirmos como realmente se efetiva a ocorrência, analisemos alguns casos:


Sairemos após as 18h.


O voo está marcado para as 20h.


Estamos aqui desde as 14h30.


A palestra será realizada entre as 15h e as 17h.

 

 

Sabendo que a crase é a fusão de duas letras “A”, sendo uma delas obrigatoriamente uma preposição, nestes casos, não há como acontecer a crase, pois a preposição “a” não está presente, e sim, apenas os artigos referentes às horas.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Entrega A domicílio ou Entrega EM domicílio?

clip_image002As expressões “entrega em domicílio” e “entrega a domicílio” são muito recorrentes em restaurantes, nas propagandas televisivas, nos outdoors, nos folders, nos panfletos, nos catálogos, na fala, etc.


Convivem juntas sem maiores problemas porque são entendidas da mesma forma, com um mesmo sentido.


No entanto, quando se fala de gramática normativa, temos que ter cuidado.

 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

12 de junho – Dia dos Namorados

No Brasil o dia dos namorados é comemorado no dia 12 de junho, diferente de outros países do hemisfério norte em que é comemorado no dia 14 de fevereiro. (Valentine’s Day)

 

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Tudo começou em 1949 quando o comerciante João Dória trouxe a ideia do exterior como forma de aumentar as vendas no comércio.

 

A ideia foi imediatamente aceita e como fogo em palha tornou-se uma tradição.

 

No Brasil, este dia está também associado ao frei português Fernando de Bulhões (Santo Antônio), que é conhecido como “santo casamenteiro”, pois em suas pregações religiosas sempre mencionava a importância do amor, do casamento e da família.

 

O dia 12 de junho foi escolhido por ser véspera do dia de Santo Antônio.

 

Recomendo a leitura de uma outra postagem deste Blog:

 

“Como uma vírgula acabou com um namoro em pleno dia dos namorados.”

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A maioria dos meus eleitores só quer tchu e tcha

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Está correta a concordância verbal na expressão usada na charge?

 

Ou o certo seria “A maioria dos meus eleitores só QUEREM tchu e tcha!” ?

sábado, 2 de junho de 2012

Algumas Dicas para Responder Questões Discursivas

O que significa escrever bem? Seria essa habilidade avaliada apenas na prova de redação? A grande preocupação de alunos e professores com as provas de redação em concursos e vestibulares faz com que, muitas vezes, crie-se um véu de esquecimento sobre a importância da boa escrita nas questões discursivas. Essa é uma falha grave e precisa ser corrigida.


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Assim como nas provas de redação, todos os tipos de questões que precisam de respostas escritas avaliam o candidato em suas habilidades de leitura, interpretação e produção de texto. Isso acontece porque não basta que o candidato tenha conhecimento do assunto questionado: a pergunta precisa ser bem compreendida para que a produção da resposta esteja adequada ao que foi solicitado.


A dificuldade na elaboração de respostas discursivas é um problema que acompanha a maioria dos estudantes em todo o período escolar. Para lidar com este problema, observemos, a seguir, algumas de suas possíveis causas.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O uso dos "Porquês"

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Por que 
(separado, sem acento)
Usado para fazer perguntas, seja nas interrogativas diretas ou interrogativas indiretas. É um advérbio interrogativo.

 Por que ele foi embora? (interrogativa direta)
 Queremos saber por que ele foi embora. (interrogativa indireta)

 Dica: Coloque a palavra "motivo" ou "razão" depois de "por que". Se der certo, escreva separado, sem acento.
Queremos saber por que motivo ele foi embora.

Por que pode também equivaler a “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, “pelas quais”, sendo o “que”, nesse caso, um pronome relativo.
 Aquele é o quadro por que ela se apaixonou.


Porque 
(junto, sem acento)
Na prática, uilisamos geralmente para responder uma pergunta. Estabelece uma causa. É uma conjunção subordinativa causal, ou coordenativa explicativa.

 Ele foi embora porque cansou daqui.
 Não vá porque você é útil aqui.

 Dica: Substitua porque por "pois".
 Ele foi embora pois cansou daqui.

 Também se utiliza “porque” com o sentido de "para que", introduzindo uma finalidade:
Ele mentiu porque o deixassem sossegado.


Por quê 
(separado, com acento)
Em final de frase ou quando a expressão estiver isolada, usa-se por quê.

 Ele foi embora por quê?
 Você é a favor ou contra? Por quê?


Porquê 
(junto, com acento)
Equivalendo a causa, motivo, razão, “porquê” é um substantivo. Neste caso ele é precedido pelo artigo o.

 Não quero saber o porquê de sua recusa.

 Dica: Substitua "porquê" por "motivo".
 Não quero saber o motivo de sua recusa.